Tratamento Sirigomas
O que é?
Os siringomas são lesões benignas múltiplas, representadas por pequenas pápulas, cor da pele, de aproximadamente 5 mm, ou seja, com discreto relevo e assintomáticas, que podem ser múltiplas ou isoladas. Essas lesões aparecem principalmente na face, em especial na região das pálpebras, ao redor dos olhos. São derivadas do ducto das glândulas écrinas, produtoras de suor.
Além destas, outras áreas podem ser acometidas como tórax, pescoço, glúteos e zonas pubianas e vulvares. Quando próxima as genitais, costumam aparecer em forma de múltiplas lesões e podem ocasionar prurido.
Existem prováveis fatores genéticos associados ao problema. A doença é mais comum em indivíduos brancos, principalmente em mulheres jovens.
Embora se trate de uma condição puramente estética, ou seja, inofensiva em termos de saúde, os siringomas tendem a afetar significativamente a aparência das pessoas acometidas, impactando negativamente na autoestima.
Não existe maneira de prevenir o surgimento dos siringomas, porém, conforme forem surgindo as lesões, é possível removê-las através de procedimentos, minimamente invazivos, realizados no consultório, sob anestesia local.
Dentre os métodos mais utilizados, citamos a Cauterização Química, Eletrocoagulação, Microagulhamento com drug delivery, Lasers ablativos ou retirada cirúrgica das lesões, sendo ainda possível a associação de mais de uma técnicas.
Em geral, o procedimento se inicia com a utilização de um anestésico tópico, de alta absorção, com subsequente infiltração anestésica para maior conforto.
Pode-se optar por retirar a lesão por completo, através de shaving, geralmente sem necessidade de suturar as bordas da lesão, deixando-as cicatrizar espontaneamente.
Também podemos optar pela eletrocauterização, quando as lesões serão carbonizadas por eletricidade e calor.
A cauterização química é um processo similar a eletrocauterização, mas o tratamento é feito por meio da aplicação de uma substância cáustica ou ácida, geralmente, o ácido tricloroacético. Logo após a aplicação, a lesão se torna esbranquiçada ou amarelada devido à ação da substância, dando origem a pequenas crostas, devido à morte celular.
Quanto ao tratamento a laser, os mais utilizados são os de CO2 ou o Erbium YAG que provocam um processo inflamatório na pele, estimulando a produção de colágeno e a cicatrização, melhorando lesões.
De maneira geral, após qualquer um dos procedimentos, formam-se pequeninas crostas locais que caem sozinhas.
A recuperação dura de 7 a 14 dias.
Normalmente, o paciente pode retornar as suas atividades rotineiras no mesmo dia, desde que evite a exposição ao solar e suspenda a utilização de qualquer produto abrasivo.
O uso de protetor solar e hidratação da pele é muito importante no período pós tratamento.
Como a pele pode ficar sensibilizada, o uso de água termal ou compressas com água gelada são recomendadas para aliviar desconfortos e facilitar a cicatrização.
Dependendo do número de lesões, se forem muito numerosas, o tratamento pode ser realizado em uma ou mais etapas.
A escolha do método de tratamento varia de acordo com a extensão das lesões, suas características e tipo de pele do paciente.
Cabe ao médico responsável indicar qual o melhor método, garantindo a segurança do paciente e um excelente prognóstico.
Mas, o mais importante é buscar tratamento precoce e efetivo, evitando recidivas e cicatrizes inestéticas desnecessárias.
Ainda não há um recurso capaz de impedir que novas lesões apareçam em pacientes predispostos ao problema, da mesma forma que não existe um tratamento preventivo para siringoma. Recidivas podem ocorrer e, neste caso, irão requerer novas abordagens terapêuticas.
Uma vez seguidas corretamente as orientações médicas, a pele gradualmente vai desenvolvendo um aspecto saudável e belo.