Remoção de Pintas (Nevus)

O que é?

As pintas, ou os nevos melanocíticos como são chamadas pelos médicos especialistas, são sinais de pele, planas ou com relevo e que basicamente aparecem de duas formas – os sinais congênitos (presentes desde o nascimento), e os adquiridos (quando surgem após o nascimento, durante a vida).

Os nevus surgem principalmente até a primeira metade da nossa vida. As pintas podem ser planas ou elevadas e sua coloração pode variar desde a cor da pele, até acastanhadas ou enegrecidas. Algumas pintas podem apresentar pelos.

O termo nevos vem do latim nævus e descreve pequenas lesões na pele, que também podem ser chamadas de manchas, sinais ou pintas. 

Não há uma estimativa epidemiológica segura quanto a sua prevalência, contudo, ao que tudo indica, quase todas as pessoas possuem nevos, variando apenas na quantidade presente em cada indivíduo.

Na infância e adolescência, geralmente, elas aparecem bem planificadas e com o tempo, tendem a se tornar elevadas.

 À medida que vão se desenvolvendo, também acabam perdendo um pouco a cor. Algumas chegam a ficar bem próximas da cor da pele, confundindo-se com verrugas.

Os nevos podem surgir em qualquer idade, porém, se tornam mais comuns após os 30 anos.

Com o avançar da idade, a pele vai sofrendo continuamente os danos actínicos, causados pela irradiação solar, e por isso, começa a demonstrar os sinais do seu envelhecimento, que além de rugas e flacidez, incluem também pintas. 

 

Estas, podem aparecer em qualquer parte do corpo. Contudo, especialmente em pessoas de pele clara, elas tendem a surgir com maior frequência em zonas expostas ao sol, como rosto, colo e braços.

No que diz respeito a coloração, diversos fatores parecem produzir interferências. Exemplos importantes seriam as alterações hormonais durante a puberdade, a gravidez e a menopausa, que tendem a deixar essas manchas mais escuras do que o normal. 

A grande maioria dos nevos é benigna, porém alguns podem se transformar em câncer de pele.

Então, normalmente, não há necessidade de preocupação e nenhum tratamento é indicado.

 A intervenção é recomendada em casos onde há indícios de malignização, ou predisposição para tanto, ou seja, quando há suspeita de mutação celular, o que poderia evoluir para um câncer de pele.

A maior preocupação com as pintas ou nevos é a possibilidade das mesmas se transformarem em melanoma.

O melanoma é um tumor maligno agressivo, que produz metástases que significam a invasão em outros órgãos além da pele.

Estima-se que, os melanomas, em grande parte, se originem a partir de pintas pré-existentes. Por isso, é necessário que todas as novas manchinhas na pele sejam acompanhadas por um profissional. 

O ideal é que o Dermatologista faça a averiguação através da Dermatoscopia.

A Dermatoscopia é feita com um aparelho, chamado Dermatoscópio que aumenta a visão dos detalhes da pinta e determina critérios, que permitem um diagnóstico mais preciso.

Em geral, usamos a regra do ABCD para avaliar o risco das pintas.

Quando os critérios da Dermatoscopia somados a regra do ABCD apontam para um risco muito alto (bordas irregulares, muitas cores e diâmetro maior que meio centímetro), a pinta suspeita deve ser retirada.

A Regra ABCDE é um método recomendado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pela American Cancer Society para ajudar a distinguir uma lesão benigna de uma maligna. 

As letras da regra representam os seguintes aspectos:

A: Assimetria (se a lesão for simétrica, pode indicar um tumor benigno; caso contrário, pode se tratar de uma lesão maligna);

B: Bordas, que podem ser irregulares (o que sugere uma lesão maligna) ou regulares (podendo significar uma lesão benigna);

C: Cor, duas ou mais tonalidades (reforçam a possibilidade de tumor maligno) ou apenas uma cor (sugerindo tumor benigno);

D: Dimensão, com mais de 6mm (provável tumor maligno) ou menos de 6mm (pode indicar um tumor benigno);

E: evolução, ou seja, apresentando rápido crescimento e mudança na cor (sugerem lesão maligna) ou sem mostrar alterações (benigno).

Os nevos ou pintas que tenham suspeita ou risco de ser melanoma não podem ser retirados por procedimentos como eletrocauterização ou laser. Isso é importante, pois há necessidade da comprovação do diagnóstico da lesão e quando queimamos com laser ou eletrocauterização, perdemos essa referência.

O melanoma é grave e agressivo e, portanto, o atraso de alguns meses na retirada da pinta suspeita pode mudar totalmente o prognostico da cura do tumor.

Quando a pinta, aparentemente tem alta possibilidade de malignização ou quando aparentemente tem aspecto suspeito de ser melanoma, indicamos sua retirada.

A cirurgia para retirada das pintas é um procedimento simples e realizado no consultório, com o paciente sob anestesia local. O procedimento consiste em fazer uma incisão na pele, dissecar o tumor e realizar a sutura.

Esta cirurgia precisa levar em conta as linhas de força da pele no local afetado e retirar a pinta com margens de segurança.

Em geral é feito um desenho de fuso com margem de 3-4 mm sendo então, encaminhado o material para exame histopatológico que definirá se as margens estão livres.

Após o tratamento cirúrgico, o paciente deverá seguir à risca as recomendações médicas para que o período pós-cirúrgico seja o mais tranquilo possível. Dentre os cuidados nesta fase, destacam-se: Evitar esforços físicos — como levantar peso ou praticar atividades físicas — durante duas semanas.

E evitar expor-se ao sol.

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