Correção Cirúrgica de Quelóides

O que é?

A cicatrização é um processo natural do corpo, que ocorre quando o organismo sofre alguma lesão na pele. Geralmente, as marcas deixadas por esse processo são perceptíveis, mas não incomodam o paciente.

Cicatrizes hipertóficas e queloides são processos de cicatrização anormais, provocados por uma resposta cicatricial intensa do organismo a um trauma cutâneo, como cirurgias, infecções e queimaduras. São caracterizados pelo aspecto elevado e duro da cicatriz, que ultrapassa os limites da lesão original. Isto pode trazer incômodo, principalmente quando o problema se manifesta em regiões mais visíveis do corpo e próximo de orifícios naturais, como por exemplo, boca, narinas, olhos e ânus.

Na verdade, o queloide se forma a partir de um trauma em uma pessoa que tem essa propensão genética e à medida que existam machucados ou trauma na pele, elas produzem muito colágeno que cresce de forma desorganizada.

Parece um tumor, mas na verdade é uma grande cicatriz.

O queloide sempre é maior do que a área de trauma. Exemplo, você faz um furo na orelha e faz um queloide do tamanho de um queloide, ou seja, já é algo muito exagerado, produzindo sempre uma lesão grande e endurecida.

 Algumas áreas são mais propensas a formação do queloide, como a região do colo, ombros e dorso.

O afrodescendente também tem uma propensão maior à formação de queloides, por uma questão genética.

A presença de uma cicatriz com tamanho ou formato acima do normal traz vários impactos na vida do paciente.

O principal deles é no âmbito psicológico, uma vez que uma cicatriz com irregularidades em textura ou cor pode fazer com que o indivíduo deixe de participar de eventos sociais e tenha mais insegurança em compromissos profissionais, dependendo do local onde a cicatriz se encontra. Logo, a busca por correção destas cicatrizes significa o restabelecimento da autoestima e qualidade de vida do paciente.

Como Tratar?

Há muitos recursos para melhorar ou corrigir estas inconvenientes cicatrizes, mas, nenhuma é completamente efetiva.

Há diversas formas de tratamento para o queloide, que podem ser utilizadas separadamente ou combinadas, com sucesso variável.

Existem evidências de que a terapêutica combinada de um ou mais métodos seja mais eficiente do que a utilização de uma técnica só, visando a sinergia de ação entre as diversas metodologias, potencializando os resultados.

 Entretanto, não há consenso quanto às melhores combinações e respectivas indicações para a obtenção das melhores respostas terapêuticas.

A escolha do tratamento dependerá do local, do tempo de surgimento e do tamanho da lesão.

A combinação de técnicas é bastante utilizada

Quando o queloide está em formação, o uso de placas de silicone, utilizadas para pressionar a região e diminuir a tendência do crescimento exagerado é eficaz.

Além disso, o tratamento pode diminuir a capacidade da pele de produzir um pigmento irregular, sendo indicado em casos de descoloração ou de cicatrizes superficiais.

Nesta fase, também podemos utilizar algumas pomadas específicas, mas estas funcionam muito pouco no tratamento do quelóide.

As infiltrações de corticoides (potente anti-inflamatório) intralesionais, bem como a aplicação de 5-fluoracil ou bleomicina (drogas utilizadas nos tratamentos de determinados tumores), podem ser úteis pois diminuem a velocidade de formação do colágeno, reduzindo o tamanho dos mesmos, fazendo que pareçam menos avermelhados.

A ressecção cirúrgica pode ser feita com técnicas como a incisão e sutura simples, ou técnicas mais sofisticadas como a zetaplastia.

A abordagem terapêutica utilizada no tratamento de cicatrizes dependerá do tipo, forma, tamanho, gravidade e localização da cicatriz.

Quando se trata de quelóides, é possível ressecá-las sem retirar as bordas e em seguida infiltrá-las com corticoide.

Muitas vezes, a retirada pode associar-se com o uso de colocação oclusiva de silicone e também com infiltração de corticóide.

A utilização da técnica de Betaterapia nos pós cirúrgicos imediato já foi bastante popular.

Trabalhos mais recentes mostram que a técnica mais satisfatória é a retirada cirúrgica com a imediata aplicação de Radioterapia sobre a lesão.

A criocirurgia também pode ser utilizada, entretanto é agressiva e pode causar úlceras importantes, motivo pelo qual deve ser reservada para situações especiais.

A aplicação de laser pode diminuir o tamanho da cicatriz e principalmente pode melhorar a cor. Utilizam-se lasers com comprimento de onda para vasos (560-580).

Cuidados Pós-Tratamentos

  • Evitar exposição solar durante um mês;
  • Suspender atividades físicas até liberação médica;
  • Usar o protetor solar regularmente, sobretudo nos períodos em que a radiação solar é mais intensa (entre as 10h e 16h).

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