Calvície ou Alopecia Androgenética

O que é?

A forma mais comum de “queda” de cabelos é a calvície que ocorre em homens e mulheres com predisposição.

Ela é determinada por fatores hereditários e hormonais (hormônio di-hidrotestosterona) e acarreta um afinamento contínuo do fio até a transformação total do mesmo numa “penugem”.

A calvície, propriamente dita, não provoca queda de cabelo, mas sim afinamento progressivo, levando a atrofia da raiz e desaparecimento do fio. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto.

O padrão de calvície é diferente em homens e mulheres. Os homens tem o padrão específico com as entradas e “coroa de padre”, as mulheres apresentam padrão difuso com rarefação na região frontal.

 Apesar de se iniciar na adolescência, por volta de 11 a 12 anos quando começam as variações hormonais , só é aparente após algum tempo, por volta dos 40 ou 50 anos.
A calvície, em algum grau, compromete cerca de 80% dos homens e 50% das mulheres durante a vida.

A herança da calvície pode vir dos dois lados, tanto materno como paterno sendo poligênica, isto é, envolvendo vários genes.

A expressão genética feminina também é diferente daquela do homem refletindo em características clínicas diferentes.

Na calvície feminina os hormônios costumam estar normais e, portanto, sua avaliação não é necessária. Desta forma, mulheres com calvície não costumam ter alterações menstruais, acne ou hirsutismo. É importante saber se há anemia e se a tiróide está com funcionamento normal.

Mulheres com hormônios masculinos aumentados, devido a ovário policístico ou tumores do ovário e adrenal, apresentar sintomas da alopecia androgenética, porém, quando essas alterações forem tratadas, podemos ter reversão do quadro.

Produtos externos, como os utilizados em processos de tinturas, luzes ou alisamentos não costumam ter inflluência na calvície feminina, mas podem piorar o ressecamento e a quebra da haste do cabelo, piorando seu aspecto estético geral. Processos de alongamento, como o megahair , aumentam o peso dos fios, fragilizando-os ainda mais, favorecendo sua quebra. Vale lembrar que os pacientes com quadro de calvície têm os fios muito mais frágeis que os das mulheres em geral.

Qualquer remédio pode provocar queda de cabelos. Os que mais frequentemente causam queda de cabelo incluem: quimioterapicos para câncer, drogas anticoagulantes, anticonvulsivantes, anti tiroidianos, betabloqueadores, antidepressivos, triciclo e contraceptivos orais. Muitas vezes o uso destas drogas em mulheres predispostas e calvície, desencadeiam ou pioram a queda

Como Tratar

A calvície ou alopecia androgenética é uma doença genética, mas alguns fatores podem piorar o problema, como, por exemplo, a menopausa e o uso de suplementação de hormônios masculinos.

Exames genéticos podem identificar os pacientes com maior risco de desenvolver a doença.

Entretanto, não há como evitar totalmente o desenvolvimento da alopecia sem o tratamento adequado.

O mais importante é descobrir a causa exata.  Só é possível chegar a um diagnóstico preciso através da consulta com o dermatologista que fará o exame clínico completo e o histórico de remédios e doenças que é fundamental para entender o processo de queda de cabelo.

A Dermatoscopia é um exame que permite ver o folículo em maior aumento, avaliando alterações especificas para o diagnóstico.

Podem ser solicitados exames laboratoriais, biopsias, caso necessário, e avaliação por meio de aparelhos eletrônicos.  

O próximo passo é a escolha do tratamento, que pode ser realizado em casa ou na clínica dermatológica.

 Casos mais severos podem optar pelo transplante capilar , embora o tratamento clínico contínuo deva ser mantido.

Esquema de Tratamento

  • Avaliação da saúde geral e tratamento das comorbidades, como por exemplo anemia e doença da tireaoide.
  • Correções nutricionais e suplementos vitamínicos.
  • Análise do couro cabeludo e tratamento da caspa e dermatites inflamatórias, se for o caso
  • Terapêutica sistêmica específica:
    Finasterida 1 a 4 mg/dia

    Dutasterida 0,5mg/dia
    Espironolactona 25 a 100mg/dia
    Saw palmeto 150 a 300mg/dia
    Pílulas anticoncepcionais – antiandrogênicas,
    Minoxidil
  • Terapêutica tópica:
    Minoxidil 5% 1 vez ao dia
    5-alfa estradiol 1 vez ao dia
    Fatores de crescimento 1 vez ao dia
    Melatonina 1 vez ao dia
    Xampús anti-seborreicos, se necessário.

Algumas técnicas complementares são interessantes para o tratamento da calvície:

É uma técnica que consiste em aplicar medicação utilizando agulhas acopladas a um aparelho, similar aquele de fazer tatuagem.
Três mecanismos explicam a eficácia desta terapia:
1 – A picada na pele provoca melhora da vascularização
2 – A medicação chega mais próxima do local afetado e não tem efeito sistêmico
3 – A picada e o leve sangramento, trazem fatores de crescimento que estimulam o folículo capilar.

     São necessárias cerca de 6 a 8 sessões quinzenais.

Trata-se de um aparelho que emite energia de radiofrequência através de uma ponteira que ao encostar na pele, provoca microcanais que facilitam a entrada da medicação. Na sequência, aplica-se o medicamento especifico que é empurrada pelo ultrassom.

São necessárias cerca de 4 a 6 sessões mensais.

Pela ação do laser provoca a abertura de microcanais no couro cabeludo que facilitam a entrada da medicação específica que é utilizada em sequência. O estímulo ao folículo de faz tanto pela ação da medicação quanto pelo estímulo provocado pela energia emitida pelo laser, potencializando os resultados. Estes se traduzem tanto pela parada da queda quanto pelo aumento da velocidade de crescimento dos fios e do aumento de volume e ganho de qualidade dos mesmos.

São necessárias cerca de 3 a 4 sessões mensais.

As sessões de microagulhamento, induzem a formação de um processo inflamatório através das microperfurações causadas pelas agulhas, proporcionando a melhora do metabolismo do couro cabeludo. Pode ser associado ao procedimento de Drug Delivery que consiste na aplicação de medicações através da pele, utilizando os canais abertos pelas microagulhas, potencializando os resultados alcançados. Podem ser utilizadas substancias como o Minoxidil, Finasteride, Biotina, D-Pantenol, Silício e Latanoprosta  para auxiliarem na recuperação dos fios, melhorar seu crescimento e reduzir a queda.

São necessárias cerca de 4 a 10 sessões quinzenais.

Método que utiliza a injeção de melanges ou misturas específicas de medicamentos nas camadas mais superficiais da derme, promovendo a recuperação do metabolismo do couro cabeludo.  Podem ser infundidas substancias como Biotina, D-Pantenol, Silício, Pentoxifilina, Benzopirona, Minoxidil, Finasteride e Latanoprosta Dependendo  dos medicamentos utilizados, podem induzir melhora tanto da queda quanto da velocidade de crescimento e melhora da estrutura dos fios de cabelo recém formados .

São necessárias 8 a 10 sessões com intervalos semanais.

Essas luzes emitem energia que atinge diretamente o folículo piloso promovendo bioestimulação local. Essa bioestimulação afeta a mitocôndria melhorando o desempenho celular, reestruturando as funções das células tronco do bulbo capilar, estimulando a divisão celular , o crescimento e espessamento capilar. Também possui excelente efeito anti-inflamatório. São necessárias 8 a 10 sessões com intervalos semanais.

Tratamento em que o sangue do paciente é colhido e centrifugado para separar a fração rica em plaquetas. Após esse processo essa fração é aplicada no couro cabeludo e por conter fatores de crescimento naturais auxilia no crescimento capilar.

São necessárias cerca de 8 sessões mensais.

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