Lipoaspiração
O que é?
Lipoaspiração é uma técnica cirúrgica que consiste em retirar parte da gordura corporal através da aspiração.
Qual a diferença entre lipoaspiração e lipoescultura?
Na lipoaspiração retira-se e despreza-se a gordura de um determinado local do corpo.
Na lipoescultura a gordura retirada na lipoaspiração é enxertada em outra parte do corpo que o paciente deseje remodelar ou preencher ( Lipoenxertia).
Como é a cirurgia?
É uma cirurgia de médio porte. Na maioria dos casos, o período de internação no hospital não costuma ser superior a 24 horas.
O paciente é submetida a lipoaspiração em centro cirúrgico adequado.
Durante a cirurgia, ocorre a sucção das células de gordura através de pequenas cânulas, de diferentes diâmetros, através de pequenas incisões na pele (aproximadamente de 0,5 cm) o que permitirá ao cirurgião plástico o aperfeiçoamento do contorno corporal .
Para facilitar o procedimento e otimizar os resultados surgiram vários tipos de aparelhos de apoio como o ultrassom, aparelhos vibratórios e com laser.
Como é a Anestesia?
Dependendo da área a ser operada e do volume de gordura a ser aspirado, pode ser utilizada anestesia local, local com sedação, peridural e até mesmo anestesia geral. A seleção da técnica anestésica ocorre após consenso entre o paciente e seu cirurgião.
O que é técnica infiltrativa e técnica não-infiltrativa?
Naquela, a lipoaspiração é precedida pela injeção de uma solução composta por soro, substancias vasoconstrictoras e, comumente, anestésicos locais.
A solução injetada faz com o espaço entre as células de gordura “inche”, facilitando a lipoaspiração, além de propiciar que as artérias e veias da área se contraiam, diminuindo o sangramento e o risco cirúrgico. Esta é a técnica usada na grande maioria dos procedimentos, atualmente.
A técnica não-infiltrativa é realizada sem qualquer injeção prévia, ou seja, a seco.
Quais são as indicações?
A lipoaspiração é um procedimento cirúrgico indicado para pessoas que tem acúmulos de gordura localizada, acúmulos estes extremamente difíceis de serem eliminados através da associação entre dieta e exercícios físicos. A lipoaspiração é ideal para corrigir pequenas imperfeições do contorno corporal. Jamais deve ser um método usado com o objetivo de emagrecimento. A lipoaspiração também pode ser realizada com o objetivo de obter determinado volume de gordura a fim de ser inserida numa outra região do corpo, processo chamado de lipoenxertia. Por exemplo, indivíduos que apresentam a face muito magra, uma cicatriz deprimida, podem valer-se do volume de gordura lipoaspirado para suavizar seu contorno corporal. Outra indicação é a hiperidrose nas axilas (suor excessivo), quando se retira, por meio da aspiração as glândulas sudoríparas da região.
É necessária a realização de exames prévios?
Os exames prévios são obrigatórios e devem ser realizados antes do paciente ser submetido a qualquer tipo de cirurgia. É imprescindível que a realização de uma intervenção desta qualidade só pode ocorrer após avaliação clínica eficaz na qual o médico especialista diagnosticará quais são as necessidades específicas de cada pessoa e as melhores opções terapêuticas para aquele caso.
É possível fazer lipoaspiração em qualquer parte do corpo? Até quantos quilos dá para eliminar com a operação?
Teoricamente o procedimento pode ser realizado em todas as áreas do corpo desde que haja pele firme, sem flacidez.
Faz-se exceção às regiões em que possa haver lesão de órgãos vitais ou de vasos sanguíneos de grande calibre.
O CRM estabelece que até 7% do peso corpóreo pode ser retirado através de uma lipoaspiração úmida, quando se injeta soro fisiológico para ajudar no procedimento, e no máximo 5% numa cirurgia a seco.
Se a quantidade estabelecida for excedida, o paciente poderá apresentar desidratação ou anemia provocados pela perda de grandes quantidades de sangue, eletrólitos como potássio e sódio durante o ato cirúrgico.
Onde ficam as cicatrizes?
Geralmente, são pouco visíveis, pois ficam localizadas em sulcos, pregas ou regiões bem selecionadas para que fiquem quase imperceptíveis.
Como é o pós-operatório?
O processo de recuperação costuma ser bastante tranquilo, sendo mais breve nos pacientes que realizaram pequenas aspirações e um pouco mais lento naqueles que se submetem a retirada de grandes volumes e em várias áreas do corpo.
Nos dez primeiros dias, o paciente deve fazer repouso relativo. Deve evitar praticar exercícios físicos pesados, como levantar peso ou fazer longas caminhadas.
As manchas arroxeadas tendem a ceder por volta de 10 a 14 dias.
O edema pode permanecer por até 60 ou 90 dias.
É indicado o uso de malhas de compressão nos primeiros três meses, para evitar edema e facilitar o processo de cicatrização.
Desconforto local é comum na primeira semana, período no qual pode-se fazer uso de analgésicos.
Nos locais por onde foram introduzidas as cânulas, o médico deixa um ou dois pontos que devem retirados entre cinco e sete dias.
A realização de sessões de drenagem linfática, e aparelhos de ultrassom de alta potência (com gerador de estímulos elétricos e correntes polarizadas estereodinâmicas capazes de reduzir medidas e melhorar o aspecto de ondulação da pele) a cada dois dias é excelente para amenizar o inchaço, favorecer a drenagem das toxinas e do excesso de volume líquido da área operada e acelerar a eliminação das manchas roxas e evitar o aparecimento de fibrose.
É proibido que o paciente tome sol por até dois meses após a cirurgia, pois mesmo que os arroxeados não sejam mais aparentes, se forem expostos à radiação ultravioleta, certamente promoverão o escurecimento da pele daquela região pela impregnação do pigmento do ferro contido no interior das células do sangue. Este se fixa na pele como se fosse uma tatuagem, podendo persistir para sempre ou, na melhor das hipóteses, desaparecer espontaneamente após vários meses.
Os resultados são duradouros?
O resultado final é alcançado após 6 meses, pois este é o tempo que o corpo leva para completar o processo de cicatrização. Somente após este período o Cirurgião Plástico considerará os resultados finais.
A duração do resultado obtido é permanente; o que não significa dizer que o indivíduo não vai voltar a engordar.
O número de células de gordura cresce até a adolescência e, então, permanece imutável.
A gordura acumulada que se concentra em uma pessoa é fruto do aumento volumétrico das células adiposas já existentes.
Assim, os resultados após uma lipoaspiração são definitivos para a região lipoaspirada, uma vez que as células de gordura são retiradas pela sucção e não voltam a crescer. No entanto, se o indivíduo aumentar seu peso a gordura se acumulará em outras regiões do corpo que não foram tratadas pela cirurgia.
Em que casos a cirurgia não deve ser feita?
As principais contraindicações referem-se a casos de pacientes que tenham excesso exagerado de peso ou muita flacidez de pele.
Se o paciente não apresenta condições clínicas adequadas – quando tem hipertensão, alergia severa ou arritmia, por exemplo – o procedimento também é desaconselhado.
É preciso cautela ao indicar o procedimento em pacientes muito jovens. Recomenda-se que o procedimento só deve ser feito a partir dos 17 anos.
É possível ocorrer complicações?
Apesar de ser extremamente raro, por se tratar de um procedimento cirúrgico, existe chance de haver problema.
Investigação e preparo pré-operatório, bem como observância às orientações pós-cirúrgicas são fundamentais para evitá-los.
Dentre as incomuns situações, podemos citar: hematomas, deiscência da sutura ( ruptura dos pontos ), alterações da cicatrização, infecção e problemas anestésicos.
Dicas Dermacentro para saber se o local escolhido e o médico são confiáveis:
Antes de realizar o procedimento é importante consultar o CRM para verificar o cadastro e a especialidade do médico escolhido.
Também é possível consultar o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br).
No caso da escolha do local, é importante que o paciente que fará uma lipoaspiração visite o estabelecimento e confirme se ele está autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
É importante assegurar-se que o local possua suporte para eventual complicação (material de ressuscitação, esquema de remoção de urgência, UTI).
Geralmente, vale a pena fazer a cirurgia em um hospital.